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TJ/SP – TJSP e parceiros entregam bolsas de estudo “Des. Antonio Carlos Malheiros” a jovens em situação de vulnerabilidade
Programa beneficia 77 estudantes.
O Tribunal de Justiça de São Paulo e instituições parceiras realizaram, nesta segunda-feira (30), a cerimônia virtual de entrega das bolsas de estudo “Desembargador Antonio Carlos Malheiros” para jovens em situação de vulnerabilidade social. A iniciativa é uma parceria entre o TJSP (por meio da Vara da Infância e Juventude de Osasco), Secretaria de Justiça e Cidadania de São Paulo, Ministério Público de São Paulo, Universidade Metropolitana de Santos (Unimes), Coordenadoria da Infância e Juventude do TJSP, Fundação Casa e Sistema Brasileiro de Televisão (SBT). O evento foi transmitido na página oficial da Corte paulista no YouTube.
Foram entregues 77 bolsas para cursos de tecnologia e graduação em ensino à distância, destinadas a adolescentes carentes, internos da Fundação Casa, alunos da instituição Juventude Cívica de Osasco (Juco) e jovens que moram em abrigos do Município de Osasco. Com o benefício, os jovens aprovados no vestibular da Unimes poderão seguir seus estudos em nível superior nos cursos disponibilizados pela universidade para o programa.
O juiz diretor do fórum da Comarca de Osasco e integrante da Coordenadoria da Infância e Juventude do TJSP (CIJ), Samuel Karasin, relembrou o desembargador Antonio Carlos Malheiros e seu amor pela humanidade, definindo-o como “um homem de amor e ação”, que “nunca deixou ninguém para trás”. O magistrado afirmou que as bolsas de estudo transformarão a vida de jovens que dificilmente teriam tal oportunidade. “Só o fato de estas portas estarem abertas já é significativo numa sociedade restrita como a nossa.”
O diretor de Relações Institucionais do SBT, Roberto Franco, destacou que a parceria é motivo de orgulho para a emissora. “O SBT é uma empresa inclusiva, que dialoga com todos os brasileiros e, portanto, não poderia deixar de abraçar com determinação este projeto”, disse. “Devemos fortalecer a formação educacional dos jovens e, com essa iniciativa, reafirmamos nosso compromisso e nossa responsabilidade com o futuro de nossa juventude.”
Representando a Juco, o vereador Josias Nascimento de Jesus, 1º vice-presidente da Câmara Municipal de Osasco, contou que frequentou a instituição na adolescência e atestou que ela se preocupa com a qualificação profissional dos jovens. “Que possamos seguir ajudando estes adolescentes, pois este é o nosso papel.”
O prefeito de Osasco, Rogério Lins, agradeceu a todos que tornaram realidade o programa das bolsas de estudo “Antonio Carlos Malheiros”. “É por meio de iniciativas como esta que podemos trabalhar em conjunto na construção de uma sociedade melhor.”
“Fico feliz de estes jovens estarem aumentado a parcela da população brasileira que tem acesso aos bancos acadêmicos”, declarou a Pró-Reitora Acadêmica da Unimes, professora Elaine Marcílio Santos. Ela afirmou que os jovens bolsistas terão todo apoio necessário para desfrutar o máximo da vida acadêmica. “Esta é a nossa missão: foco na cidadania, que é essencial para que possamos juntos construir um país com menos desigualdade, e foco na educação, pois acreditamos que só a educação transforma.”
A promotora de Justiça e coordenadora do Centro de Apoio Operacional de Infância e Juventude, Fátima Liz Bardelli, falou em nome do Ministério Público paulista: “Iniciativas como esta merecem ser difundidas e estimuladas, pois não só beneficiam os jovens, como repercutem em seu entorno, em suas famílias, na comunidade e na sociedade, que se torna mais humana e acolhedora para todos nós.”
O juiz assessor do Gabinete Civil da Presidência João Baptista Galhardo Junior, representando o presidente da Corte, desembargador Geraldo Francisco Pinheiro Franco, afirmou que o TJSP muito se orgulha de fazer parte desta união de esforços entre poder público e sociedade civil para “valorizar a nossa juventude, principalmente a vulnerável”. “Que esta parceria continue. Sem educação, um povo não chega a lugar algum.”
Pela Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania e pela Fundação Casa, falou o secretário executivo Luiz Orsatti Filho, que representou o secretário de Estado. Ele agradeceu a todos pela parceria, ressaltando que “este programa reflete, na prática, o que todos sabemos: que o único caminho para se construir uma sociedade justa é pela educação”.
Em nome da família do desembargador Malheiros, a filha, Rachel Lucena Malheiros, agradeceu mais esta homenagem feita ao pai. “Ele sempre dizia que educação deve vir em primeiro lugar”, lembrou. “Este projeto certamente é motivo de muito orgulho para ele, onde quer que ele esteja.”
O encerramento da cerimônia ficou por conta do coordenador da CIJ, desembargador Reinaldo Cintra Torres de Carvalho. “Estes adolescentes contemplados com as bolsas de estudo são cidadãos que tiveram o reconhecimento de seu esforço. Só o fato de terem sido vistos e reconhecidos como capazes já os transforma, pois viram a possiblidade de crescimento e de galgar lugares melhores na vida”, destacou. O magistrado agradeceu a todos os envolvidos no projeto pelos esforços empreendidos e desejou que a parceria não seja esporádica. “A CIJ tenta realizar algo pela nossa juventude, não só por meio do Judiciário, mas também por esta união com a comunidade, empresas e estabelecimentos de ensino, seguindo a ideia do Malheiros, que dizia ‘a nossa juventude só precisa de apoio, o resto ela tem’.”
Também estiveram prestigiando a cerimônia o diretor da Escola Paulista da Magistratura, desembargador Luís Francisco Aguilar Cortez; os integrantes da CIJ-TJSP: desembargadores Ademir de Carvalho Benedito (vice-coordenador), Eduardo Cortez de Freitas Gouvêa (membro consultor) e Adalberto José Queiroz Telles de Camargo Aranha Filho (membro consultor); os desembargadores Luiz Antonio Cardoso e Walter Piva Rodrigues; o juiz assessor da Presidência Iberê de Castro Dias; juíza assessora da Corregedoria Monica Gonzaga Arnoni; a juíza da 1ª Vara Central da Infância e da Juventude, Cristina Ribeiro Leite Balbone; a juíza da Vara da Infância e Juventude do Foro Regional de Santo Amaro, Maria Silvia Gomes Sterman; o juiz da Vara da Infância e Juventude do Foro Regional de Penha de França, Paulo Roberto Fadigas Cesar; a promotora de Justiça Coordenadora do Centro Operacional da Infância e Juventude do MP-SP, Renata Lucia Mota Lima de Oliveira Rivitti; a promotora de Justiça da Infância e Juventude de Osasco, Sultane Rubez Jeha; os representantes da Juco: Daniela Yuri Barbosa de Andrade Cunha (presidente) e Marcelo Cunha (diretor comercial e financeiro); os representantes da Unimes: Renata Garcia de Siqueira Viegas (reitora), Elisabeth dos Santos Tavares (coordenadora geral do Núcleo de Educação à Distância) e Sônia Márcia da Côrte (secretária geral); os representantes do SBT: José Roberto dos Santos Maciel (vice-presidente), Marina de Lima Draib (gerente jurídica), Rodrigo Hornhardt (chefe de redação), José Occhiuso (direção nacional de jornalismo) e Vivian Jacovazzo (gerente de recursos humanos); familiares do desembargador Antonio Carlos Malheiros: Christina Papisckys da Motta (esposa) e Renata Lucena Malheiros (filha); e os amigos do desembargador Alessandro Cortona e Marcial Casabona.
Antonio Carlos Malheiros – falecido em março deste ano, é reconhecido por ter dedicado sua vida à defesa e promoção da dignidade humana, especialmente de crianças e adolescentes. Para estes, o desembargador voltou uma atenção especial, tanto ao longo de sua carreira jurídica como nos trabalhos voluntários de que participava. Malheiros foi coordenador da Coordenadoria da Infância e da Juventude do TJSP. Por sua atuação na área de direitos humanos, principalmente com crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social, foi condecorado pela Câmara Municipal de São Paulo com a “Medalha Anchieta e Diploma de Gratidão da cidade de São Paulo”. Fora do Tribunal, entre os diversos projetos sociais que apoiava, Malheiros era integrante da Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) Viva e Deixe Viver, onde dava vida ao palhaço Totó, que contava muitas histórias para crianças hospitalizadas.
Fonte: Tribunal de Justiça de São Paulo