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SireneJud: mapa interativo permite consulta a dados geográficos de ações indígenas e quilombolas

10-07-2025

O painel interativo nacional de dados ambiental e interinstitucional (SireneJud) incorporou duas funcionalidades: uma nova camada com dados georreferenciados e dois novos filtros, contendo dados de ações relacionadas a povos indígenas e comunidades quilombolas.

 

Agora, é possível consultar diretamente dados geográficos de ações judiciais relacionadas às ações ambientais, fundiárias, indígenas e quilombolas. Além disso, a ferramenta permite cruzar informações ambientais sobre temas como áreas protegidas, desmatamento e mineração.

Desenvolvido no âmbito do Programa Justiça 4.0, parceria entre o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), o SireneJud é de acesso público e reúne a localização de danos ambientais registrados a partir de ações judiciais. As informações provêm de bases oficiais do CNJ, em especial o Datajud, e de outras instituições nacionais e internacionais.

 

De acordo com a juíza auxiliar da presidência do CNJ e coordenadora da iniciativa, Lívia Cristina Marques Peres, as novas funcionalidades fortalecem o monitoramento de ações ambientais, contribuindo para a formulação de políticas judiciárias nas temáticas.

 

“Com as novas funcionalidades, o SireneJud dá um salto em transparência e gestão estratégica no Poder Judiciário. A possibilidade de visualizar os processos judiciais que envolvem povos indígenas, comunidades quilombolas e, de forma georreferenciada, as ações ambientais permite identificar com mais clareza os conflitos e orientar o tratamento mais adequado para a sua resolução. Trata-se de uma ferramenta voltada à transparência e à gestão judiciária, reforçando o papel do Judiciário nas temáticas socioambientais”, afirma.

 

Acesse o mapa interativo aqui.

 

Panorama

Além do mapa interativo, o SireneJud disponibiliza:

Painel de indicadores, com uma visão completa e atualizada dos dados do Poder Judiciário em relação às ações ambientais, fundiárias, indígenas e quilombolas;
Relatório de áreas, que apresenta informações detalhadas sobre as áreas desmatadas e sobrepostas em todo o território nacional; e
Criador de KML, ferramenta utilizada para marcar as referências geográficas dos danos ambientais.

Uso do KML

A ferramenta de criador de KML permite marcar, com pontos e polígonos, as referências geográficas de onde ocorreu o dano ambiental. Assim, é possível delinear com precisão qualquer tipo de área geográfica, otimizando a apresentação de evidências em processos judiciais.

Um arquivo KML (Keyhole Markup Language) é um formato baseado em XML utilizado para armazenar dados geográficos. Ele pode ser exibido em ferramentas como Google Earth ou Google Maps.

 

Com  o criador de KML, os tribunais podem disponibilizar a localização geográfica dos danos ambientais como informação processual, em conformidade com a Portaria Conjunta CNJ/CNMP de 2021, que estabelece a obrigatoriedade de indicar, na propositura da ação, a área abrangida pelo dano ambiental.

 

Confira vídeo tutorial sobre uso do criador de KML clicando aqui.

 

Programa Justiça 4.0

A iniciativa é fruto de uma parceria entre o CNJ e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), com o apoio do Conselho da Justiça Federal (CJF), Superior Tribunal de Justiça (STJ), Tribunal Superior do Trabalho (TST), Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT) e Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

 

Fonte: CNJ