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Quem deixar para 2008, economizará para escritura
Vale a pena esperar para comprar a casa própria no próximo ano. A afirmação tem como base o cálculo feito por Miguel José Ribeiro de Oliveira, diretor Executivo de Pesquisas Econômicas da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), que projeta uma economia de até 4% na prestação e no financiamento, a partir de 2008, de acordo com as novas regras para o uso do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). “O valor economizado, se guardado devidamente, poderá contribuir para que este consumidor utilize-o em suas despesas de registro e transferência do imóvel ao término do financiamento”, afirma Oliveira.
A simulação foi feita em cima de um financiamento de 10 anos (120 meses) com empréstimo bancário de 80% do valor final do imóvel. O exemplo foi escolhido por ser o mais comum entre os financiamentos feitos com o uso do FGTS.
No caso, o valor final do financiamento para a faixa de R$ 1.875 passa de R$ 89.338,55 para R$ 87.665,92. Para a faixa de R$ 1.875,01 a R$ 3.900 e da R$ 3.900,01 a R$ 4.900 – que serão unificadas – o valor do final do financiamento cai de R$ 96.519,62, no caso da faixa menor, e R$ 98. 171,53, caso da faixa maior de renda, para R$ 94.863,80.
Aprovado na semana passada, as novas regras de financiamento habitacional com recursos do fundo prevêem, entre outras coisas, juros menores para quem estiver inscrito no fundo há pelo menos três anos na compra de imóveis entre R$ 80 mil e R$ 130 mil.
A redução é de 0,5% ponto porcentual (de 8,66% para 8,16% ao ano) jpa neste ano e, a partir de janeiro do próximo ano, a correção passa para 7,66% ao ano para as contas ativa há três anos, mais a Taxa de Referência (TR). Além disso, houve alteração da faixa de renda. O financiamento agora pode ser feito pela família com renda de 5 salários mínimo (R$ 1.900) até R$ 4.900.
Oliveira destaca ainda como fator positivo da medida a ampliação dos limites nos empréstimos. Como a escala de valores e taxa foi feita de acordo com a área, nos municípios o crescimento será de 11% para financiamentos nos demais municípios, nas Capitais de 25% nos financiamentos e de 30% nas regiões metropolitanas possibilitando a compra de imóveis maiores e de melhor qualidade para os consumidores.
Sobre a ampliação igualmente das faixas de renda, Oliveira ressalta em seu estudo que a medida possibilita àqueles que possuem uma faixa de renda maior (por exemplo, de até R$ 4.900,00) terem acesso a um financiamento com taxas de juros menores, como é o caso de financiamento com recursos do FGTS. “Antes um consumidor que tivesse uma renda de R$ 4.900,00 e quisesse fazer um financiamento imobiliário, somente conseguiria fazer o mesmo com recursos fora do FGTS na carteira livre dos bancos ou com recursos da poupança. Nestes casos o custo é superior a 12% ao ano porcentual, bem maior do que encontra nos financiamentos com recursos do FGTS (8,66% ao ano hoje e de 7,66% ao ano a partir de 2008)”, finaliza o executivo.
Em linhas gerais, as novas regras do FGTS
Renda – de 5 salários mínimos até R$ 4.900.
Imóveis – de R$ 80 mil a R$ 130 mil
Juros – Redução de 0,5% p.p. ( de 8,66% para 8,16 aa)
Janeiro de 2008 – 7,66% aa para contas ativas há três anos
Fonte: Jornal do Estado – PR