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Clipping – Tribuna Online – Mortes por síndrome respiratória sobem 760%
Do dia 16 de março até quinta (30), 43 mortes foram registradas. No mesmo período do ano passado, o número dos registros era cinco
O número de registro de mortes de pessoas diagnosticadas com a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) cresceu cerca de 760% no Estado, de acordo com dados do portal da transparência do Registro Civil.
Desde o dia 16 de março até quinta-feira (30), 43 mortes foram registradas com a doença. No mesmo período do ano passado, a SRAG constava na certidão de óbito de cinco pessoas no Espírito Santo. Para a médica pneumologista Jéssica Polese, o aumento pode ser resultado da subnotificação do novo coronavírus (Covid-19) ou de outras doenças virais, como o vírus da gripe ou H1N1.
“A SRAG é uma lesão pulmonar extensa que causa um comprometimento grave do pulmão. Os sintomas dela são parecidos com o coronavírus: tosse, febre, aumento da frequência cardíaca, respiratória. Ou pode ser viroses como a influenza ou H1N1”, afirmou.
Ela também não descartou a ocorrência de exames “falsos negativos” para a Covid-19.
“Eu mesmo trabalho com pacientes com coronavírus, dois deles fizeram exames e deram negativo. Mas a minha impressão clínica era que se tratava de Covid-19. Eles tiveram alta e não tivemos a comprovação. Realizaram o exame PCR. Foi colhido no 9º dia de sintomas e o ideal é que se colha entre o 4º e 8º”.
A pneumologista ainda explicou que, caso não seja possível comprovar se a pessoa foi vítima ou não de coronavírus, o médico deve ter cautela com o que vai ser colocado no atestado de óbito.
“Porque gera transtornos, não pode ter velório, o caixão tem de ser lacrado, o número de familiares no enterro é limitado. Na dúvida, o médico vai colocar, por exemplo, a síndrome respiratória. E ele está certo, se não tem confirmação, não pode colocar a Covid-19”.
Ainda de acordo com a médica, o número de subnotificações da Covid-19 deve diminuir. “Temos mais testes e avanços na tecnologia. Estamos com um olhar mais direcionado para o coronavírus, então a tendência é a diminuição de subnotificações”, ressaltou.
Brasil
Em todo o País, o número de registros de mortes por SRAG cresceu 1.012%, de acordo com o portal. Informações dos Cartórios de Registro Civil Brasileiros indicam que em alguns estados a alta foi mais expressiva do que a média nacional.
Pernambuco teve 6.357% de aumento, seguido por Amazonas, com índice de 4.050%.
No Rio de Janeiro as notificações subiram 2.500%, e no Ceará o aumento foi de 1.666%.
Fonte: Tribuna Onlide