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Clipping – Migalhas – Morre o ex-presidente do TJ/SP Celso Luiz Limongi

24-09-2018

O velório será no Cemitério de Congonhas, das 7 às 13h desta segunda-feira, 24.

Faleceu neste domingo, 23, o desembargador aposentado Celso Luiz Limongi. Limongi aposentou-se em maio de 2011, após mais de 40 anos de dedicação à magistratura paulista.

Tomou posse como juiz substituto em 1968 e foi nomeado para a 7ª Circunscrição Judiciária, com sede em Pirassununga. De lá para cá, em todos os momentos de sua judicatura foi admirado pela serenidade e competência seja dos julgados, dos atos administrativos ou de encontros cordiais que, muitas vezes, envolvia uma partida de futebol – era torcedor do Corinthians.

Natural da capital paulista, Limongi se formou na PUC-SP (Turma de 1966). Presidiu a Associação Paulista dos Magistrados  e atuou como juiz de Direito de 1ª, 2ª e 3ª entrância e da especial, e, ainda, como juiz do extinto Tribunal de Alçada Criminal de São Paulo. Pertenceu à 12ª câmara Criminal e ao Órgão Especial. Ele se tornou desembargador em 1988, promovido pelo critério de merecimento. Foi presidente do TJ paulista no biênio 2006/07.

Quando começou a despedir do Judiciário Celso Limongi disse, em sua última sessão como convocado no STJ:“Não quero sequer imaginar a nau do Poder Judiciário, que tanto amo, navegando sem rumo, bordejando, por falta de vento, ou melhor, de coragem dos juízes, aliados a tibieza do Legislativo e conformados com a hipertrofia do Executivo”.

Um pouco antes, em abril, participou da solenidade de inauguração de seu retrato como ex-presidente do Tribunal paulista, na sala dos retratos do Palácio da Justiça.

Na ocasião, o desembargador Artur Marques da Silva Filho, orador em nome do Tribunal, ressaltou que, em sua gestão, Limongi sempre tratou a todos com serenidade e lutou como poucos pela modernização do Judiciário: “Como presidente, reafirmou a condição do Tribunal Pleno como instância máxima da Justiça.” Artur Marques destacou, também, o temperamento sempre alegre e otimista de Limongi durante o período em que esteve à frente da presidência.

A solenidade de inauguração do retrato de Celso Luiz Limongi contou com expressivo número de desembargadores e juízes, prova do prestígio e admiração que o magistrado detinha.

Depois da aposentadoria fundou com suas sócias Viviane Limongi e Cíntia Limongi, aLimongi Sociedade de Advogados, escritório de atuação diversificada, com vocação multidisciplinar, em todo o Brasil, incluindo Tribunais Superiores.

Celso Limongi, em razão das suas anteriores funções e reconhecido no país como jurista especializado em diversos ramos do Direito, em especial no Direito Penal, passou a atuar, direta e pessoalmente, no delineamento das melhores estratégias em defesa dos clientes.

Em um dos seus últimos textos publicados por este rotativo, intitulado “O juiz e a coragem“, Limongi alertou:

Nesta quadra que vivemos, a crise entre os poderes constituídos provoca uma confusão babélica de ideias, agravada pela ausência de líderes capazes de estabelecer a paz, para que o Brasil acerte seus rumos.”

O velório será realizado no Cemitério de Congonhas, sala H, na Rua Ministro Álvaro de Sousa Lima, 101 – Jardim Marajoara – São Paulo/SP, das 7 às 13 horas desta segunda-feira, 24, de onde seguirá para sepultamento no mesmo cemitério.

A presidência do TJ/SP decretou luto oficial por três dias em todo o Poder Judiciário paulista. 

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Como Presidente de Honra da ABRACRIM – Associação Brasileira dos Advogados Criminalistas, lamento profundamente o falecimento do Des. Celso Limongi, ex-presidente do TJSP. O Dr. Limongi era um humanista, sensível aos dramas do ser humano e pautou sua judicatura em prol do semelhante. Dirigiu com maestria nosso complexo Tribunal de Justiça paulista e sempre foi um interlocutor atento aos problemas e reivindicações da Advocacia, o que testemunhei quando presidi a OAB/SP. Convocado para o STJ, trouxe as luzes de sua experiência àquela Corte, sempre com sensibilidade ímpar. Atualmente aposentado, exercia a  Advocacia e honrava nossa classe. Tratava-se de um estimado Amigo, por todos respeitado e admirado. Seu falecimento deixa uma lacuna em toda família forense.”Luiz Flávio Borges D’Urso, ex-presidente da OAB/SP.

 

Fonte: Migalhas