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Clipping – Jornal Destak – População paulista atingirá volume máximo por volta de 2040
Idade média da população era 24 anos em 1950, atinge 30 anos em 2000, e deverá alcançar 44 anos em 2050
Os dados mostram que a partir deste ano, a população passará a diminuir. Isso se deve à retração gradativa do volume de nascimentos associada ao aumento sistemático do número de óbitos esperados para o Estado, além da estabilização da migração.
As tendências demográficas analisadas para a sustentação desse resultado levaram em conta que a fecundidade da mulher paulista já se situa em patamar bastante baixo, inferior ao nível de reposição populacional desde os anos 2000. O número médio de filhos por mulher no Estado era de 1,68 filho, em 2016, e a hipótese formulada foi de redução desse indicador no futuro, chegando a 1,5 filho em 2050. Acredita-se que dificilmente tal tendência se reverterá no futuro próximo.
Por outro lado, os níveis de mortalidade tendem a ampliar a vida média da população e o processo de envelhecimento a elevar o número de óbitos. Em 2016, a esperança de vida da população paulista era de 75,8 anos e espera-se que no horizonte da projeção seja de 81,7 anos. Semelhante à fecundidade, a mortalidade também pode registrar defasagem para mais ou para menos, dependendo da composição e/ou evolução das diferentes causas de morte que incidem sobre os habitantes residentes no Estado de São Paulo. Contudo, o comportamento mais provável é de ampliação, ainda que possa ser lenta, da vida média de sua população.
Acredita-se, também, que o saldo migratório não voltará a registrar elevados valores e pesos relativos na dinâmica demográfica paulista como acontecia no passado. Os determinantes relativos à mobilidade populacional são complexos e entre os fatores que embasaram a hipótese formulada na projeção é possível citar, por exemplo, a redução da fecundidade registrada em todo o país que fez com que a migração de famílias numerosas não seja mais esperada nos dias atuais; a existência de novos polos de atração da população no território brasileiro, que representam outras opções para as pessoas que pensam ou precisam sair de suas regiões; os elevados custos de vida e de moradia que podem impactar negativamente a atração populacional para determinadas regiões, entre outros.
A tendência de redução do número de nascimentos e ampliação no de óbitos apresenta trajetórias distintas no território paulista, resultando em modificações relevantes nos ritmos de crescimento esperados para as populações municipais no futuro. Ocorre aumento gradual no conjunto composto por municípios com decréscimos populacionais, e no último período de projeção, 2040/2050, o número de municípios nesta situação passará de 104 para 461.
No Estado de São Paulo, a população tinha em média 24 anos em 1950, atinge 30 anos em 2000, e projeta-se que alcance 44 anos em 2050, passando de um padrão de população muito jovem, para outro de população jovem adulta. O acréscimo verificado na idade média da população paulista entre 1950 e 2000 foi de 6 anos, enquanto na primeira metade do século XXI o aumento será bem maior: 14 anos.
São esperados 20,216 milhões de nascimentos entre 2010 e 2050, o que significa dizer que essas crianças representarão quase metade das pessoas residentes no Estado de São Paulo na metade deste século. Somando-se o volume esperado pela migração, resulta em 20,574 milhões de pessoas com até 40 anos de idade em 2050, respondendo por 43% da população total.
Investir nos jovens que nascerão nesse período, proporcionando-lhes melhores condições de educação e saúde, significa renovação imprescindível para garantir um futuro promissor para todos os habitantes do Estado de São Paulo.
As gerações de nascidos a partir da década de 1980 têm sido cada vez menores, de modo que a ampliação do contingente de idosos no futuro deverá ser menos acelerada, tendendo a maior equilíbrio entre os diferentes grupos etários da população.
Fonte: Jornal Destak