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Clipping – G1 – Cinco cidades do Alto Tietê registram aumento na mortalidade infantil de 2016 para 2017, aponta Seade

05-12-2018

Dados foram elaborados com base nas informações dos Cartórios de Registro Civil de todos os municípios paulistas.

 A taxa de mortalidade infantil foi maior em 2017 do que o registrado em 2016 em cinco cidades do Alto Tietê: Arujá,Biritiba Mirim, Guararema, Poáe Salesópolis.

Os dados são da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) e apontam redução em Ferraz de Vasconcelos, Itaquaquecetuba, Mogi das Cruzes, Santa Isabel e Suzano. 

Mortalidade infantil nas cidades do Alto TietêMortalidade infantil nas cidades do Alto Tietê 

O levantamento considera as informações dos Cartórios de Registro Civil de todos os municípios paulistas. 

No caso de Mogi das Cruzes houve uma diferença entre o valor divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Mogi no início do ano com o indicador anunciado pela Fundação Seade nesta segunda-feira (3).

Apesar de preliminares, à época os dados apresentaram 9,48 óbitos por mil nascidos vivos em 2017, o menor índice registrado desde 2000.

Segundo a secretaria, nesta quarta-feira o Sistema de Informações de Óbitos (SIM) do Ministério da Saúde mostrava o mesmo valor anteriormente divulgado: 60.

A pasta informou que existe divergência entre o número de nascidos vivos do Sistema de Nascidos Vivos (Sinasc) e o apontado pelo Seade.

Os órgãos federal e municipal apontam 6.332 nascidos vivos, enquanto a Fundação Seade divulgou 6.250 nascidos vivos.

“O coeficiente de Mortalidade Infantil para Mogi das Cruzes em 2017 continua em 9,47 por mil nascidos vivos. Os quatro óbitos a mais registrados pela Fundação Seade podem ter ocorrido em outros municípios e até mesmo em outros estados, mas ainda não foram lançados no sistema, portanto o município não consegue visualizá-los e investigá-los”, informou em nota a SMS.

O diretor da Secretaria de Saúde e da Mulher de Poá, Walter Guinger, destacou que de 2016 para 2017 houve um aumento na mortalidade infantil em grande parte das cidades paulistas.

“A gente pegou esses dados que foram adiantados em abril e já tomou algumas medidas para que isso fosse revertido. Reinauguramos a pediatria (Hospital Guido Guida), contratando pediatras e ginecologistas. Eu tenho o dado de janeiro a novembro deste ano. O número já baixou para 8,30. A gente não conseguiu baixar mais a mortalidade que ocorre do nascimento até os sete dias, porque elas ocorrem na maternidade e a gente não tem aqui”, destacou.

De 2016 para 2017, no âmbito estadual, houve redução no indicador de 10,91 para 10,74 para cada mil nascidos vivos. Em São Paulo foram contabilizados 6.569, segundo o Seade.

A Fundação destacou que a diminuição observada pode ser melhor compreendida quando se avalia a redução segundo os grupos de idade. A queda registrada em diversas causas de morte contribuiu para que a mortalidade se concentrasse nos primeiros dias de vida.

Se no passado predominavam as doenças infecciosas, parasitárias e o binômio diarreia/desidratação, que se concentravam principalmente na mortalidade pós-neonatal (28 dias a 11 meses), com sua redução predominam as causas perinatais e as malformações congênitas, que atingem basicamente as crianças com até seis dias de vida (neonatal precoce).

Fonte: G1