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G1 – Vereadores aprovam projeto que dá o nome de Bruno Covas ao futuro Parque Augusta, no Centro de SP
Prometido para outubro de 2020, Parque Augusta tem obras atrasadas e deve ser inaugurado apenas em setembro, segundo a Prefeitura de SP. Caso seja sancionado, esse será o segundo parque com o nome de Covas que a capital paulista terá. O primeiro foi anunciado pelo governador João Doria (PSDB) poucos dias depois da morte do tucano, na Marginal do Pinheiros.
A Câmara Municipal de São Paulo aprovou nesta quarta-feira (25), em 2º turno, a proposta que muda o nome do futuro Parque Augusta, no Centro de São Paulo, para Parque Augusta – Prefeito Bruno Covas, em homenagem ao prefeito morto em maio, ao 41 anos.
Prometido para outubro de 2020, Parque Augusta tem obras atrasadas e deve ser inaugurado apenas em setembro, segundo a Prefeitura de SP (veja mais abaixo).
O projeto de autoria do vereador Rodrigo Goulart (PSD) tem outros 36 parlamentares como coautores e foi aprovado em votação simbólica, onde os vereadores não registram voto no painel.
Apenas a bancada de vereadores do PSOL e a vereadora Juliana Cardoso (PT) registraram votos contrário à proposta.
Antes de se tornar lei, o texto da proposta segue para a sanção do prefeito Ricardo Nunes (MDB), vice na chapa de Bruno Covas (PSDB) na eleição de 2020, que assumiu a cadeira de prefeito após a morte do colega.
Caso seja sancionado, esse será o segundo parque com o nome de Bruno Covas que a capital paulista terá. O primeiro foi anunciado pelo governador João Doria (PSDB) poucos dias depois da morte do tucano, na Marginal do Pinheiros.
O Parque Bruno Covas – Novo Rio Pinheiros é estadual e já teve as obras de revitalização iniciadas pelo governo paulista.
No último dia 10 de agosto, Doria também deu o nome de Covas a recém-inaugurada estação Mendes-Vila Natal, da expansão da Linha 9-Esmeralda da Companhia de Trens Metropolitanos (CPTM) na Zona Sul da capital paulista.
A inauguração da estação contou com a presença do prefeito Ricardo Nunes, que posou com Doria para fotos ao lado de um painel com uma gravura de Bruno Covas.
Atraso na entrega
Prometido para ter sido entregue até 2020, o Parque Augusta, no Centro de São Paulo, deverá ser inaugurado apenas em setembro, informou a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente da Prefeitura de São Paulo.
Em agosto do ano passado, o então prefeito Bruno Covas (PSDB) havia dito que o parque municipal seria entregue até o fim de 2020. A entrega também estava prevista no Plano de Metas para a gestão de 2020, mas não foi cumprida.
Segundo a secretaria, “a nova data acontece pela necessidade de aguardar o recebimento dos materiais para o término da obra, além do andamento do paisagismo, que nessa época de estiagem se torna um serviço mais delicado a ser realizado.”
“A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, informa que as obras no Parque Augusta estão em fase final e a previsão de entrega é para o mês de setembro. A nova data acontece pela necessidade de aguardar o recebimento dos materiais para o término da obra, além do andamento do paisagismo, que nessa época de estiagem se torna um serviço mais delicado a ser realizado”, disse um comunicado da pasta enviado ao G1.
Início das obras
As obras do Parque Augusta começaram em outubro de 2019. Em dezembro daquele ano, a Prefeitura de São Paulo apresentou ao Ministério Público (MP) o projeto do parque. A proposta era de que ele tivesse 23 mil m² e contasse com cachorródromo, redário e academia para terceira idade.
Mas em janeiro de 2020, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) solicitou à Prefeitura a paralisação das obras para investigar um sítio arqueológico encontrado nas escavações que poderia conter vestígios de populações indígenas. As obras foram retomadas após um acordo para acompanhamento arqueológico.
Negociação difícil
O terreno do Parque Augusta pertencia as construtoras Setin e Cyrela, que doaram o local à municipalidade. A escritura foi assinada em abril de 2019.
Para que a doação fosse realizada, a Prefeitura de São Paulo e as construtoras firmaram um acordo. Os termos da negociação previam a transferência do terreno por doação ao município em troca de quatro declarações de potencial construtivo passível de transferência – ou seja, as empresas poderão construir em outra área aquilo que chegou a ser autorizado para ser levantado no Parque Augusta.
Em novembro do ano passado, a Justiça extinguiu a última ação popular que impedia que o acordo para a criação do Parque Augusta fosse concluído e saísse do papel.
As construtoras irão gastar R$ 9,85 milhões com obras como a restauração da portaria e da edificação do antigo Colégio Des Oiseaux, que fica dentro do terreno, e a construção do Boulevard Gravataí – que liga o parque à Praça Roosevelt. O dinheiro também será usado para a manutenção do parque por dois anos.
Fonte: G1 – São Paulo