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TJ/SP – Desembargador Campos Petroni é homenageado antes da aposentadoria

47 anos dedicados à Magistratura.

11-08-2021

O desembargador Paulo Miguel de Campos Petroni, integrante da 27ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo, despediu-se da Magistratura hoje (10), em sua última sessão de julgamento antes da aposentadoria. O magistrado deixa a toga após 47 anos de dedicação.

“Paulo Miguel de Campos Petroni é uma das pessoas mais bem informadas que conheci. Um magistrado de vasta cultura geral e jurídica, conhece a origem dos juízes e de suas famílias e encanta a todos com sua prodigiosa memória, além de primar pela elegância e cavalheirismo em todos os procederes”, afirmou o vice-presidente do TJSP, desembargador Luis Soares de Mello. O magistrado representou o presidente da Corte, desembargador Geraldo Francisco Pinheiro Franco, e o corregedor-geral da Justiça, desembargador Ricardo Mair Anafe. O vice-presidente exaltou a jovialidade de Campos Petroni e pontuou que o momento da aposentadoria é “vida que se deixa e vida que se recomeça”. “Petroni é cheio de energia e ainda pode trazer à sociedade e à família o que há de melhor no convívio.”

O presidente da Seção de Direito Privado, desembargador Dimas Rubens Fonseca, destacou o longo tempo de carreira de Campos Petroni e o carinho com que exerceu a Magistratura. “Não temos a dimensão do prazer de servir à judicatura por período tão longo”. O magistrado, que integra a 28ª Câmara de Direito Privado e já trabalhou na 27ª, lembrou do apoio que recebeu do desembargador e agradeceu o carinho com que foi recebido no Grupo de Câmaras quando promovido ao Segundo Grau. “Seja muito feliz nesta nova fase e que sua nova existência tenha o mesmo valor que Vossa Excelência praticou na Magistratura de São Paulo.”

“Surpreende-me constatar que Vossa Excelência não muda: conserva a mesma fidalguia, inteligência e rosto jovial”, elogiou a presidente da 27ª Câmara de Direito Privado, desembargadora Daise Fajardo Nogueira Jacot. Ela afirmou que Campos Petroni “escreveu belíssima história na Magistratura paulista” e falou da honra de ter trabalhado com ele desde o primeiro dia de ingresso no Segundo Grau.

Caio Petroni, filho do homenageado, representou os familiares. Destacou que o pai soube equilibrar a carreira com a vida em família e afirmou que procura seguir o exemplo, estando presente e apoiando os entes queridos.

Também fizeram uso da palavra para homenagear Campos Petroni a desembargadora Ana Catarina Strauch; os desembargadores Antonio Carlos Morais Pucci e Nuncio Theophilo Neto; o juiz substituto em 2º grau Alfredo Attié Júnior; e a servidora Andrea Mikael Massad Seixas, representando os funcionários do gabinete.

Depois de agradecer a cada um dos presentes pelo carinho, Campos Petroni afirmou que as dores e sofrimentos que chegam por meio dos processos continuarão a ser vivenciados pelos magistrados. “O que nos conforta é que sempre tentamos chegar à pacificação social”, afirmou. O desembargador frisou a necessidade de se investir na solução amigável dos conflitos, pois “estes conflitos infindáveis não levam a nada”. “Temos no Tribunal de Justiça de São Paulo cerca de 20 milhões de processos em andamento. No Brasil, são 80 milhões. Precisa haver pacificação social”, ponderou. Despedindo-se, agradeceu mais uma vez a todos pelas palavras elogiosas.

Também participaram da homenagem o presidente da Seção de Direito Criminal, desembargador Guilherme Gonçalves Strenger; os demais colegas da 27ª Câmara de Direito Privado, desembargadores Eduardo Azuma Nishi e Luis Roberto Reuter Torro e juízes substitutos em 2º grau Sérgio Leite Alfieri Filho e Angela Moreno Pacheco de Rezende Lopes; a desembargadora Berenice Marcondes Cesar e desembargadores Fernando Antonio Torres Garcia, Claudio Hamilton Barbosa, Miguel Petroni Neto, Cesar Luiz de Almeida e Fábio Henrique Podestá; a juíza Patricia Figueiredo Correia; a esposa Angela Petroni; o filho Rafael Petroni; servidores, amigos e familiares.

Trajetória – Paulo Miguel de Campos Petroni nasceu na cidade de São Carlos (SP). É formado pela Faculdade de Direito da Universidade Mackenzie, turma de 1970. Foi estagiário na Advocacia, no Ministério Público e atuou como advogado até 1974, ano no qual ingressou na Magistratura, como juiz substituto na 10ª Circunscrição Judiciária, com sede em Pirassununga. A 1ª entrância foi na Comarca de Cerqueira César; a 2ª, na Comarca de Cotia e na 3ª atuou como juiz auxiliar da Capital. Como magistrado de entrância especial, judicou na 8ª Vara Criminal Central de 1985 até a promoção, em 1994, para o 2º Tribunal de Alçada Civil. Em fevereiro de 2005, nos termos da Emenda Constitucional nº 45/04, tomou posse como desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo.

Fonte: Tribunal de Justiça de São Paulo