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Arpen-SP promove curso de Grafotécnica e Documentoscopia em Cotia

20-07-2017

Com o salão lotado, a tarde do último sábado (10.06) foi bastante proveitosa e de conhecimento para os 125 participantes do Curso de Grafotécnica e Documentoscopia promovido pela Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Estado de São Paulo (Arpen-SP), sob a coordenação da professora e perita judicial Mara Cristina Tramujas Calabrez Ramos, na cidade de Cotia.

Gustavo Renato Fiscarelli, diretor da Regional da Grande São Paulo, agradeceu a presença de todos durante o discurso de abertura do curso e, em seguida, passou a palavra para a especialista, que explicou técnicas de descoberta das falsificações e adulterações de um documento.

Para a professora, o objetivo do curso não é transformar alguém em perito, mas sim, que o cartório desenvolva um Procedimento Operacional Padrão (POP) e que todos façam análise do mesmo jeito, criando um padrão. “É muito mais fácil você desenvolver um método do que cada um fazer de um jeito, porque quando tiver uma dúvida, pode conversar com o colega, que já desenvolveu a habilidade para aquela análise e tirar a sua dúvida”, finalizou.

O curso, dividido em dois módulos: documentoscopia e grafotécnica, apresentou a parte teórica e prática, na qual os participantes puderam ver como as falsificações acontecem e identificá-las. Os alunos, distribuídos em grupos de seis pessoas, também analisaram assinaturas, tentativas de falsificação e conheceram instrumentos importantes para essa análise, como lupas e luzes especiais. “Eles puderam executar os serviços com tranquilidade, numa bancada boa, já que o material que a Arpen fornece é de extrema necessidade para eles”, destacou a perita.

Os momentos frágeis que podem levar ao erro caso não se tenha cuidado também foram destacados durante o curso. “Tem que aprender a trabalhar com essa realidade. Um funcionário seguro é rápido, eficaz e eficiente no processo de análise e não fica dependente o tempo todo do oficial”, frisou a professora.

Para o diretor regional, “é importante investir na capacitação da equipe, pois é o primeiro passo para a prestação de um serviço bem executado”, afirmou.

Para Daniel Mesquita de Paula Aulle, que assumiu o cartório de Registro Civil de Pessoas Naturais e Tabelionato de Notas de Ajapi, distrito de Rio Claro, o curso foi extremamente importante por conta das dúvidas práticas. “Essa visão mais aplicada e que nos ajuda a ficarmos mais espertos, me ajudou muito. Comecei do zero e tenho absorvido todo o aprendizado oferecido”.

Luiz Fernando, oficial do Registro Civil de Cerqueira Cesar, compartilhou que já tinha feito o curso há três ano, mas acredita que é sempre bom reciclar. “O curso com a Mara Cristina é muito dinâmico, e nós podemos colocar a mão na massa e entender todo o processo, deixando o cartório bem mais seguro. Está agregando muita informação prática, gostei muito”, salientou.

Confira alguns depoimentos:

Maisa Caroline Viçoso de Araújo, Registro Civil de Cotia.

“O curso é ótimo, principalmente para nós que somos da área. Vem para suplementar o que já sabemos do serviço. Por exemplo, da parte de documento que são apresentados, para podermos ter uma maior avaliação e ter maior segurança jurídica, tanto para o cartório quanto para o cliente”.

Jaqueline Maiara, do Tabelião de Notas e Protesto de Jacupiranga.

“Para nós que lidamos todo dia com essa questão de documentos, assinaturas, o curso é muito importante para poder identificar falsidade, chegar ao balcão e saber reconhecer um documento, uma CNH, um RG ou até mesmo uma conta como hoje estamos aprendendo”.

Glaucia de Carvalho Schimidt, oficial do Registo Civil de Santa Branca.

“É muito importante porque vai desenvolver o desempenho de verificar os documentos, de ver a autenticidade, isso é muito necessário nessa área e acho que isso será muito benéfico para todos”.

Cristiane Aparecida Thomé, do Cartório Fiscarelli, em Cotia.

“É muito interessante, porque nos faz ficar mais atenta às coisas. Acontece de algumas pessoas chegarem ao final de expediente, vira aquela muvuca e, às vezes, não nos atentamos ao perigo”.